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EDITORIAL
Dez anos ao Serviço da Profissão

Quando em 1994 se publicou a Revista Sinais Vitais nº 1 era intenção da equipa editorial “ proporcionar aos enfermeiros a informação técnica e científica de que necessitam e para dar aos que, em Portugal, produzem saber e conhecimento a oportunidade de divulgarem os seus trabalhos” (Amaral, 1994) e assegurar a existência de um vasto campo de discussão na área da saúde.
Passados dez anos e ao fazer uma análise retrospectiva do percurso concluímos com agrado que ter cumprido as intenções iniciais. Ou seja, os enfermeiros têm hoje mecanismos para tornar formal o conhecimento que se produz, têm forma de divulgar os saberes e as experiências que desenvolvem nos contextos de acção ao terem ao seu dispor uma publicação com a regularidade da Revista Sinais Vitais. São já 55 os números publicados, com a manutenção de rubricas essenciais como a entrevista, ciência e técnica, opinião, essencial sobre, educação, ética, entre outras. Há a referir uma preocupação sistemática com a melhoria do conteúdo dos artigos publicados, com a diversidade dos mesmos tendo em conta os diferentes interesses do público-alvo; a preocupação evidente com uma mudança de aspecto gráfico de forma a estimular a leitura e análise dos artigos. Mas o projecto editorial da Sinais Vitais para responder à produção de conhecimento dos enfermeiros não se esgota na publicação da Revista Sinais Vitais, passa também pela publicação da Revista de Investigação em Enfermagem desde o ano 2000, actualmente com oito número publicados e pela edição de livros, de natureza não periódica que traduzem uma forte produção científica e técnica dos enfermeiros em Portugal. Estes documentos técnicos e científicos têm tido a melhor aceitação dos colegas constituindo-se hoje como uma referência forte dos estudantes e dos enfermeiros.
Para e assegurar a existência de um vasto campo de discussão na área da saúde o grupo editorial assegurou os direitos de publicação do SOS/ Jornal de Enfermagem, desde Novembro de1998. Este periódico de natureza informativa têm sido um dispositivo ideal para acompanhar o pulsar da enfermagem e da política de saúde no país. Tem permitido lançar o debate sobre múltiplos aspectos ligados à profissão e à saúde em Portugal e possibilitado a muitos enfermeiros o seu acompanhamento mensalmente nos serviços e em casa. Estamos por tudo isso satisfeitos pelo contributo que temos tido a possibilidade de dar nestes dez anos à profissão. Mas saliento que esse contributo só tem sido possível pela vinculação que todos os nossos colaboradores têm à profissão, disponibilizando-se a desenvolver trabalhos, a melhorá-los quando é necessário e a publica-los. Não podemos deixar de lhes agradecer, pois têm sido também por isso que se deve a concretização das nossas intenções. Continuemos.

Carlos Margato