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HUMANIZAÇÃO NOS CUIDADOS CONTINUADOS QUAL O CAMINHO?

Ana Maria Machado Gonçalves Reis
Enfermeira Especialista no CHAA . Profª. Coordenadora convidada ESS VA - CESPU. Investigador externo - CIED- Universidade Minho, Portugal

RESUMO
Os direitos do doente em fim de vida são uma realidade irrefutável, por isso a obrigação de respeitar e proteger os valores de um doente terminal é essencial. Sem dúvida que tal respeito e proteção pela dimensão bio-psico-sócio-cultural se traduzem na criação de um ambiente que permita ao ser humano viver e morrer com dignidade, podendo este conceito ser definido como a característica major que faculta ao ser humano a expressão da liberdade moral. Inerente ao conceito de dignidade humana está associado os direitos fundamentais como, direito à vida, direito à não discriminação, à proibição de tratamentos desumanos, direito ao respeito pela vida privada e familiar e direito aos cuidados de saúde, integrados numa perspectiva bio-psico-socio-cultural.
O binómio enfermeiro-doente situa-se entre seres humanos que do ponto de vista ético têm dignidade. Ajudar uma pessoa a morrer, é apoiar no sentido de dignificar o último momento de vida, através de uma prestação de cuidados sensíveis e individualizados, de modo a que a experiência humana final seja livre de dor e reconfortada do ponto vista físico, espiritual e social.
Neste artigo, baseado em revisões bibliográficas, é feita uma análise das responsabilidades inerentes ao papel do enfermeiro perante a sociedade, no respeito pelos direitos humanos no cuidar do doente, como princípio orientador da sua actividade profissional.

Palavras chave: Cuidar, Doente terminal, Direitos e Humanização