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ALTERAÇÕES SEXUAIS EM UTENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Carla Sofia Correia Costa Areias
Aluna do 4º Ano da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Célia Maria da Silva Mota
Enfermeira com Pós-graduação em Enfermagem de Reabilitação a trabalhar no Serviço
de Neurologia dos HUC

Resumo
Sendo a CIPE uma classificação de fenómenos de enfermagem, acções e resultados, que fornece uma terminologia para a prática, é também um instrumento de informação para descrever e dar visibilidade a essa prática nos sistemas de informação de saúde. Escolhemos um foco da prática de enfermagem e desenvolvemo-lo como enfermeira especialista em reabilitação e a trabalhar num serviço de Neurologia, e futura enfermeira, escolhemos a impotência sexual em doentes portadores de Esclerose Múltipla. Entendemos ser um tema pertinente e pouco abordado pelos enfermeiros, talvez por receio dos mesmos.
Sendo a sexualidade um processo fisiológico e a impotência um tipo de virilidade masculina afectado, é este o desafio que se nos coloca como enfermeiros: ajudar o utente a superar este problema para melhorar a sua qualidade de vida. A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, incapacitante com implicações psicológicas, familiares e sociais muito importantes. Devido às características da doença, entre as quais a imprevisibilidade que a caracteriza, tem-se tentando estudar não só factores genéticos, mas também factores psicossociais. É com o espírito de compreensão e de aceitação da sexualidade do outro que podemos desmistificar muitos tabus e
mal entendidos que atingem o doente com EM, estando ele na idade jovem.
Palavras-chave: Esclerose Múltipla, sexualidade, impotência sexual, autocontrole.