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Revista Sinais Vitais nº 92

Setembro de 2010

 

 

 

 

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SUMÁRIO

EDITORIAL
A identidade da enfermagem

ENTREVISTA COM... AIDA MENDES
A propósito da Sociedade Honorífica Sigma Theta Tau

TENDÊNCIAS
A importância da investigação na profissão de enfermagem

CIÊNCIA & TÉCNICA
Que Autonomia de Enfermagem em Unidade de Cuidados Intensivos?

CIÊNCIA & TÉCNICA
Abordagem da úlcera de pressão - processos fisiopatológicos

CIÊNCIA & TÉCNICA
Perfil de saúde vocal dos professores da península de setúbal

CIÊNCIA & TÉCNICA
Da identidade dos enfermeiros à autonomia em enfermagem - perspectivas de desenvolvimento

ÉTICA
Sim à Vida!... Mas que Vida?

FORMAÇÃO
Integração de Enfermeiros no Serviço de Urgência Geral

O ESSENCIAL SOBRE ...
Infecção por acinetobacter

 

EDITORIAL

A IDENTIDADE DA ENFERMAGEM

Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objectos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

A sua conceptualização interessa a vários ramos do conhecimento (história, sociologia, antropologia, direito, medicina, enfermagem, etc.), e tem portanto diversas definições, conforme o enfoque que se lhe dê, podendo ainda haver uma identidade individual ou colectiva, falsa ou verdadeira, presumida ou ideal.

A perspectiva histórica da construção da identidade profissional da enfermagem remete para estudos etnográficos sobre “as sensações/percepções despertadas no exercício da profissão” durante a era moderna, o qual subsidiou a discussão sobre o processo de construção da identidade profissional da enfermagem com uma base feminina no referido contexto histórico. Os estudos revelam que durante a instituição da enfermagem profissional, o acto de cuidar remetia a pré-requisitos como: idoneidade moral, devoção, desprendimento e submissão. Os estudos afirmam uma cultura profissional em que dois dilemas encontram-se articulados: um imaginário mimético com relação à medicina e um imaginário feminino de submissão e inferioridade.

A construção da identidade profissional do enfermeiro, assim como a elaboração do conhecimento, inclui três estágios: crise de identidade, fase de transição ou adaptação e fase de equilíbrio representada por uma posição de centralidade em relação à equipe multiprofissional (BRITO, 2006).

A análise de alguns artigos científicos comprova a diversidade de abordagens acerca da temática, que convergem na tentativa de explicar a complexidade que permeia a construção da identidade em diversas realidades históricas, sociais, culturais, quotidianas e individuais. Com a criação da Ordem dos Enfermeiros (Lei nº 104/98 de 21 de Abril), reconhece-se finalmente a enfermagem como profissão autónoma, tornando-se assim num grupo com uma área de saber útil à sociedade e com um campo de intervenção autónomo.

Não obstante o percurso realizado nos últimos doze anos pela Ordem na tentativa de definir o enquadramento disciplinar, ou seja o core da profissão, a identidade individual (o ser) e a identidade tipificada (o papel) que cada enfermeiro manifesta no seu quotidiano distancia-se ainda desse rumo.

Isso é manifesto na percepção por parte da sociedade sobre o valor do cuidado de enfermagem e tem reflexos certamente nas representações, na auto-imagem e na auto(des)valorização dos profissionais acerca de seu trabalho e das funções sociais.

Também não se detectam preocupações a nível da formação pré e pós graduada com este fenómeno, antes pelo contrário, as Instituições responsáveis pela formação de enfermeiros acabam por estar muito mais preocupadas em formar muitos enfermeiros a troco de outras vantagens que não as que têm a ver com a missão que desempenham: formar enfermeiros tendo em conta as orientações estratégias do papel a desempenhar na sociedade.

Por exemplo, sabemos hoje qual é a realidade das famílias que integram dependentes no autocuidado no seu seio?

Estamos disponíveis enquanto profissão para responder a esta necessidade? Temos enfermeiros preparados para prestar estes cuidados de carácter emergente? Temos estudos epidemiológicos que nos forneçam dados suficiente para conhecer este fenómeno? Se não temos esses dados não conseguiremos nunca influenciar o poder político a tornar estes cuidados tão acessíveis como um TAC, uma RM, ou uma cirurgia estética.

Na pesquisa que fiz recentemente sobre este assunto verifiquei uma ausência de investigação relacionada com este fenómeno, mas estima-se que 13% das famílias portuguesas integra hoje pessoas dependentes no seu seio. Estes cuidados, em muitas realidades, estão a ser prestados por não enfermeiros, com desvantagem para as pessoas, para as famílias e para os contribuintes.

Ora temos enfermeiros nos Conselhos de Administração dos ACES e que provavelmente conhecem esta realidade e têm na sua posse instrumentos para desenvolver respostas a estes cuidados. A criação de uma resposta adequada a estas necessidades exige preparação científica e técnica específicas, que supostamente os enfermeiros têm (ou deveriam ter) uma vez que faz parte do seu coore disciplinar.

Agora quando são os próprios enfermeiros que estão nestes contextos a não identificar essas necessidades, nem a prepararem-se para lhe responder é difícil não serem substituídos por outros, não enfermeiros, com custos acrescidos para as pessoas, para as famílias e para a sociedade uma vez que as pessoas dependentes vão ficar incapacitadas, vão sofrer cada vez mais internamentos e idas à urgência e diminuição por isso da sua qualidade de vida sobrecarregando as famílias.

A Revista número 92, de Setembro, aborda em alguns dos seus artigos as questões da identidade profissional, da investigação enquanto instrumento para desenvolver respostas adequadas e do poder nas relações interprofissionais e da integração nas unidades de saúde. Para além disso reaparece a entrevista e artigos científicos sobre tratamento de feridas.

Espero que gostem.

Carlos Margato , Enfermeiro
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ENTREVISTA COM... AIDA MENDES

A propósito da Sociedade Honorífica Sigma Theta Tau

Quem é a professora Aida Mendes?

Aida Maria de Oliveira Cruz Mendes é enfermeira desde 1980 tendo iniciado a sua actividade profissional no Hospital Pediátrico de Coimbra. É especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica (1991) pela antiga Escola Superior de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca, hoje Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, mestre em Saúde Ocupacional (1995) pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e doutorada em Educação, ramo de Psicologia da Educação (2000) pela Universidade do Minho. Actualmente é professora coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Como é que ficou ligada à Sociedade Honorifica Sigma Theta Tau?

O contacto com a Honor Society of Nursing Sigma Theta Tau International deu-se através da nossa, minha e de outros colegas, actividade de investigação.

Procurando eventos importantes de divulgação científica verificamos que esta sociedade organizava anualmente um grande congresso de investigação e liderança em enfermagem. Nestes congressos participam enfermeiras de todo o mundo e as mais conhecidas líderes de enfermagem a nível mundial. Constituem, por isso, óptimas oportunidades para partilhar conhecimentos e aprender com a experiência de enfermeiras em todo o mundo. Para além disso, são congressos que possuindo critérios de selecção das comunicações livres e meios de divulgação dessas apresentações, constituem bons indicadores de qualidade da produção científica. Após ter participado em dois destes eventos comecei a perceber que estes congressos são só uma das actividades que a Sigma Theta Thau International (STTI) realiza, o que lhe traz muita visibilidade, mas, para além disso, a sociedade é uma organização com muitas mais qualidades para oferecer. Através da internet manifestei o nosso interesse em conhecer melhor a organização e solicitei uma entrevista com uma das suas dirigentes.

Esse encontro processou-se em 2008 num ambiente de grande cordialidade e abertura. Ao mesmo tempo, na nossa Escola preparávamos o nosso plano estratégico (2009-2013).

 



 

 

 

A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO NA PROFISSÃO DE ENFERMAGEM

Maria Goreti Fontes Magalhães Pereira

 

 

Resumo

Nestes últimos anos a enfermagem experienciou importantes modificações, que surgem da própria dinâmica de crescimento e evolução da profissão, dentro do sistema de saúde. Converteu-se numa disciplina científica, fortaleceu as suas próprias bases teóricas, fomentou o desenvolvimento académico dos seus profissionais e aplicou as suas bases teóricas à prática. Sabendo que a enfermagem de hoje tem novos objectivos como, aumentar os níveis de formação, de investigação e de cuidados, adaptar-se ao ritmo do avanço científico e tecnológico, aumentar a autonomia, a autoridade, a competência e a responsabilidade, pretendo com este pequeno estudo, reflectir e compreender a importância que a investigação teve, tem e terá no desenvolvimento da nossa profissão.

Palavras-Chave: Investigação, Desenvolvimento Profissional.

 


 

QUE AUTONOMIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS?

 

Renato Martins Pereira da Rocha Baião
Enfermeiro Nível I, Hospital da Luz – Unidade de Cuidados Intensivos / Licenciatura em Enfermagem / Pós Graduação em Cuidados Intensivos

 

Resumo

Falar sobre autonomia em enfermagem é um desafio, especificá-la num ambiente singular como os Cuidados Intensivos é atraente mas controverso.

Não é fácil estabelecer uma definição de autonomia e como esta se apresenta no domínio de enfermagem. A profissão está a evoluir dum contexto executivo para um mais conceptual, aliado ao facto do mundo dos cuidados intensivos ser cada vez mais tecnológico, com cultura biomédica enraizada, torna-se difícil implementar o conceito de práticas autónomas de enfermagem em cuidados intensivos.

Palavras-Chave: Enfermagem; Autonomia; Responsabilidade; Unidade de Cuidados Intensivos.

 

 


 

ABORDAGEM DA ÚLCERA DE PRESSÃO - PROCESSOS FISIOPATOLÓGICOS

ELSA CRISTINA PAZ CARVELA MENOITA
Coordenadora do Grupo FERIDASAU / Coordenadora Pedagógica e Científica da Pós-Graduação "Gestão em Feridas Crónicas:

Uma Abordagem de Boas Práticas" (FORMASAU)
VÍTOR ANTÓNIO SOARES SANTOS

Coordenador do Grupo FERIDASAU / Coordenador Pedagógico e Científico da Pós-Graduação em "Gestão de Feridas Crónicas" (FORMASAU)

CLÁUDIA PATRÍCIA SOARES GOMES
Enfermeira, Hospital Curry Cabral

LUÍS MANUEL MOTA DE SOUSAEnfermeiro Especialista, Hospital Curry Cabral / Equiparado a Professor Coordenador na Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, Universidade Atlântica

ANA SOFIA TEIXEIRA ARAÚJO COUTO SANTOS
Enfermeira, Centro Hospitalar do Oeste Norte (CHON) / Membro do Grupo de Formação em Feridas do CHON

 

 

Resumo

Considerámos fundamental abordar esta temática da fisiopatologia, em que se pretende fundamentar a causalidade dos sinais e sintomas avaliados pelo enfermeiro. Os factores extrínsecos explanados tornam inteligível o modus operandi do enfermeiro e explicam as diferentes apresentações das úlceras de pressão (UPr), fazendo-se denotar a diversidade e complexidade desta entidade. Este artigo faz parte integrante de uma tríade de artigos, com o intuito de sistematizar conteúdos sobre a gestão de UPr e lesões por humidade, tentando focar os aspectos menos comummente retratados na literatura científica portuguesa.

Palavras-Chave: Úlcera de pressão, Pressão, Fricção, Cisalhamento, Eritema, Necrose Oculta, Necrose Seca.

 


 

PERFIL DE SAÚDE VOCAL DOS PROFESSORES DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

José Manuel da Silva Vilelas Janeiro
Professor Adjunto de Enfermagem, Escola Superior de Saúde Egas Moniz em Almada / Mestre em Saúde Escolar e Doutorado em Novos Contextos de Intervenção Psicológica em Educação, Saúde e qualidade de Vida

 

Resumo

Em determinadas profissões, a voz representa um dos principais instrumentos de trabalho e, neste caso, torna-se fundamental possuir o conhecimento sobre a produção vocal bem como, sobre os cuidados necessários para manter uma voz sempre saudável.

A docência é uma destas profissões. Sabe-se, que existe uma grande incidência de alterações vocais em professores, que, muitas vezes, interferem na prática diária de transmitir os conteúdos através da voz. Objectivo: Analisar a saúde vocal nos professores

do 3º ciclo da península de Setúbal. Métodos: Neste estudo aplicou-se um questionário a 726 professores, que incluía o Questionário de Carga Psíquica e o Inventário de Burnout de Maslach. Resultados: Os professores que evidenciaram menos factores etiológicos de distúrbio vocal tendiam a adoptar menos hábitos vocais inadequados; os professores que possuíam uma maior carga psíquica tendiam a apresentar mais hábitos vocais inadequados e os professores com um elevado nível de burnout apresentavam uma maior carga psíquica.

Conclusões: Fica evidente, que os cuidados que os professores têm com a sua voz não são realizados de forma preventiva. A promoção da saúde ao nível da prevenção primária seria o ideal para evitar as práticas vocais inadequadas e as possíveis alterações vocais. Há necessidade de assistência à saúde vocal e de informações sobre os conhecimentos básicos e essenciais para a boa qualidade vocal, para que esses profissionais possam prevenir e maximizar seu principal instrumento de trabalho - a voz.

PalaVras-Chave: Saúde Vocal; Professores; Carga Psíquica; Burnout; Hábitos vocais inadequados.

 


 

DA IDENTIDADE DOS ENFERMEIROS À AUTONOMIA EM ENFERMAGEM - PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

 

Ana Lucas
Enfermeira especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Porto, EPE

Amélia Silva
Enfermeira no Serviço de Cirurgia do Hospital de São João EPE

Carla Silva
Enfermeira especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria no Serviço de Neonatologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE

Margarida Pereira
Enfermeira especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria no Serviço de Neonatologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE

Mª Arminda Pereira
Enfermeira especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E

Nuno Esteves
Enfermeiro especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente Geral do Hospital de São João EPE / Mestrando em Ciências de Enfermagem no Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar

 

 

Resumo

A enfermagem como profissão construi-se ao longo dos tempos em função do que foram as grandes correntes socioeconómicas. O seu início remonta aos primórdios da história da humanidade e desde então os enfermeiros percorreram um caminho de procura da segurança e do seu reconhecimento social. Com a criação da Ordem dos Enfermeiros (Lei nº 104/98 de 21 de Abril), reconhece-se finalmente a enfermagem como profissão autónoma, tornando-se assim num grupo com uma área de saber útil à sociedade e com um campo de intervenção autónomo.

Palavras-Chave: Identidade de enfermagem, autonomia em enfermagem, cuidados de enfermagem, profissão de enfermagem.

 


 

SIM À VIDA!... MAS QUE VIDA?

Maria Manuela Severino Correia
Enfermeira Graduada / Hospital Dr. Fernando Fonseca, Amadora

 

 

Resumo

O presente artigo apresenta uma reflexão sobre o que é a vida e o que é a qualidade de vida. Foram usados três casos reais para serem submetidos a uma breve análise dentro deste contexto. Este texto tem a pretensão de expor o que por vezes muitos de nós pensa mas não expressa. Temos o dever de defender a vida. Sim! Mas teremos o direito de impor o sofrimento desmedido para manter essa “semi-vida” a qualquer custo?

 


 

INTEGRAÇÃO DE ENFERMEIROS NO SERVIÇO DE URGÊNCIA GERAL

Maria Manuela Severino Correia
Enfermeira Graduada / Hospital Dr. Fernando Fonseca, Amadora

 

 

Resumo

O presente artigo apresenta uma reflexão sobre o que é a vida e o que é a qualidade de vida. Foram usados três casos reais para serem submetidos a uma breve análise dentro deste contexto. Este texto tem a pretensão de expor o que por vezes muitos de nós pensa mas não expressa. Temos o dever de defender a vida. Sim! Mas teremos o direito de impor o sofrimento desmedido para manter essa “semi-vida” a qualquer custo?

 


 

INFECÇÃO POR ACINETOBACTER

Ana Patrícia Gonçalves Fernandes
Enfermeira no Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta / Pós-Graduada em Urgência e Emergência Hospitalar

João Pedro Martins Geraldes
Enfermeiro no Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta / Pós-Graduado em Urgência e Emergência Hospitalar

Marco Paulo Job Batista
Enfermeiro no Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta / Pós-Graduado em Urgência e Emergência Hospitalar

Pedro Miguel Santos Alves
Enfermeiro no Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta / Pós-Graduado em Urgência e Emergência Hospitalar

 

Resumo

A sobrevalorização dada às características de um Serviço de Urgência Geral, em que tudo é urgente, constitui factores que se não os consciencializarmos, podem contribuir para a deficiente integração dos novos enfermeiros neste tipo de serviços. Assim, a integração é um processo essencial a qualquer enfermeiro recém-chegado ao Serviço de Urgência e deverá ser encarada como um processo de mudança em direcção à valorização pessoal e profissional. Considera-se que o sucesso no processo de integração passa por um programa bem definido e bem estruturado.

Palavras-Chave: Enfermagem, Urgência; Integração